Saúdo os que reinventam la belle époque
Mais um dia casual na terra dos
macacos, quando saio para comprar pães e me deparo com um Polako amigo. A
previsão de tempo era de calmaria e alguma ansiedade por algo que nem sei bem o
que. Pois bem, a conversa com o amigo é fina e sabemos que o dia apresenta suas
festividades, e desta prosa é tomada a decisão de saborear os excedentes do
generoso deus Baco.
Partindo da premissa que as
expectativas não levam a lugar algum além de frustrações e desejos mal
realizados, finco o pé na ideia de me afogar em lisergia e boas companhias.
Partimos para o ponto de embarque em horário propício, por volta das quarenta
para as dezessete horas.
O sítio era bem empolgante, e
parecia cheio de atrativos. Muitos amigos, motivos para comemorar e drinks polêmicos.
O problema de tentar enxergar todo o cenário esta em aceitar a sua pequena existência,
e quase torná-la nula para assumir totalmente o papel de observador. Confesso
que é uma tarefa complicada e agradável, nesta eventual situação eu tentei
assumí-la após o uso de alguns aditivos.
Em algum momento onírico, propus
a um miúdo amigo que imaginasse comigo – e se as pessoas não passassem de
sentimentos e sentidos, cada um com sua peculiaridade e fragrância única?
Converti toda minha ação,
sorrisos e olhares captados em fontes de inspiração, e assim eu consegui ver um
pouco do cenário empolgante, revolucionário e desafiador que é a juventude em
busca do seu eu, da sua venda de imagem e aceitação pessoal. É curioso como
desenvolvemos peculiaridades de maneira mais sofisticada a cada passo que crescemos
dentro de uma comunidade. As fases comportamentais, intelectuais e ideológicas de
cada camará, do primeiro ao ultimo ano de graduação, e a parafernália de
gestos, manias e vícios que trazemos conosco.
O sorriso cruzado, o olhar de
desejo sorrateiro, a dúbia vontade carnal...
A aceitação pessoal!
E frente todo este espetáculo, quem diria, a Itália jogava contra a Inglaterra. O placar eu nem sei, porque algo de mais interessante me despertara o interesse.
E frente todo este espetáculo, quem diria, a Itália jogava contra a Inglaterra. O placar eu nem sei, porque algo de mais interessante me despertara o interesse.
Simplesmente não posso expressar
em palavras o estado de satisfação ao ouvir a voz aguda no fundo, quase
irritante, da mulher amada, e pela simples questão de saber que ela estava lá. Não
estava por mim, e nem mesmo ao meu lado; mas estava lá, se divertindo,
gargalhando como todos outros embriagados naquela dança, e aquilo me
satisfazia. Se ela soubesse que só a sua voz é capaz de me levar a estados de
nirvana em alguns momentos... e talvez ela saiba! A beleza de saber e aceitar a existência
do outro. Sorrir os olhos dela, beija-la e brindar nossa existência. Existência
essa no mesmo tempo espaço. E como posso não chegar à conclusão certa e dizer –
que sorte a nossa de poder compartilhar este mundo!
Grande Pequeno! Grande forma de valorizar o presente, de observar, de contar seu ponto. Apreciei demais essa pintura de seu mundo!
ResponderExcluiraeee irmao =)
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